Pablo Casals — nascido em dezembro de 1876, formou uma orquestra em Barcelona, atuando também como maestro. Contudo, ela se desenvolveu na turbulência da revolta e guerra civil conduzida pelo general Francisco Franco. Por ser um ardente patriota catalão e republicano, recusou-se a viver sob a ditadura e exilou-se na França. O amor pela pátria levou-o a morar em Prades, uma pequena cidade no sul da França no sopé dos Pirenéus, não muito longe da sua terra natal.
Em junho de 1950, a convite e insistência de Alexander Schneider, músico violinista, entre outros músicos, aceitou fazer parte de um festival de música de Bach. Foi o início do Festival de Prades, que mais tarde tornou-se conhecido em todo o mundo.
Casals foi convidado a dar um concerto, no dia 24 de outubro de 1958, para festejar o dia das Nações Unidas, na sua sede em Nova York. Nessa oportunidade Casals propôs a união da humanidade em busca da paz através da Ode à Alegria de Beethoven.
Mstislav Rostropovich — Nasceu em março de 1927 na União Soviética, onde hoje é o Azerbaijão. Ainda criança mudou-se com a família para Moscovo.
Estudou no conservatório da capital, do qual mais tarde veio a ser docente, tendo como professores, entre outros, Dmitri Shostakovitch e Serguei Prokofiev.
Estreou diversas obras para violoncelo dos principais compositores contemporâneos, como a Sinfonia concertante em MI menor, opus 125, de Serguei Prokofiev, os dois concertos para violoncelo de Dmitri Shostakovich, a Sinfonia para violoncelo e a Sonata para violoncelo e piano, de Benjamin Britten.
Em novembro de 1989, surpreendeu e encantou os berlinenses quando, à maneira de um humilde músico de rua, tocou uma das Suítes para Violoncelo de Bach, junto ao já semidestruído muro.
Jacqueline du Pré — Nascida em janeiro de 1945, foi uma violoncelista britânica, conhecida como uma das maiores intérpretes do violoncelo. Ela é particularmente associada com o Concerto para Violoncelo de Elgar. Sua carreira foi curta por causa da esclerose múltipla, que a forçou deixar os palcos aos vinte e oito anos de idade.
A artista usava dois violoncelos Stradivarius: o instrumento de 1673 (atualmente chamado de Stradivarius du Pré) e o de 1712, denominado Stradivarius Davidov, em alusão ao seu antigo proprietário, o grande celista russo Karl Davydov (1838 – 1889). Ambos os instrumentos foram presentes de sua avó materna Ismena Holland. Ela apresentou-se com o Stradivarius de 1673 no período de 1961 a 1964, quando ganhou o Stradivarius Davidov. De 1969 até 1970, tocou um violoncelo Francesco Goffriller e, a partir de 1970, um instrumento moderno, do luthier italiano Sergio Peresson (1913 – 1991).
Sua relação com os músicos Yehudi Menuhin, Itzhak Perlman, Zubin Mehta e Pinchas Zukerman e o casamento com Daniel Barenboim resultaram em memoráveis performances de música de câmara.
A performance de 1969 do Quinteto com piano (A truta) de Schubert, no Queen Elizabeth Hall de Londres, foi a base do filme The Trout de Christopher Nupen.
Pierre Fournier — violoncelista francês, conhecido também como “Aristocrata dos Violoncelistas” devido a sua elegância e maestria ao tocar o instrumento.
Nasceu em Paris, filho de um general do exército francês. Sua mãe tentou fazê-lo tocar piano, mas ele havia tido poliomielite quando criança e perdeu parte de sua destreza nos pés e pernas. Tendo dificuldades com os pedais do piano, ele passou a estudar violoncelo. Recebeu aulas de Odette Krettly e, a partir de 1918, estudou com André Hekking e depois com Paul Bazelaire.
Graduou-se no Conservatório de Paris aos 17 anos, em 1923. Foi intitulado como o “Violoncelista do Futuro” e ganhou um prêmio pelas suas técnicas virtuosas e elaboradas.
No período de 1925-1929, ele foi membro do Quarteto Krettly, liderado pelo irmão de Odette – Robert Krettly.
Fournier ficou bem conhecido quando tocou com a Orquestra Colonne em 1925. Ele começou a viajar por toda a Europa e, em vários momentos, tocou com outras personalidades musicais da época e gravou uma completa música de câmara de Johannes Brahms e Franz Schubert para a BBC.